folhas; as caraíbas e baraúnas altas refrondescem à margem dos ribeirões refertos; ramalham ressoantes, os mariseiros esgalhados, à passagem das virações suaves; assomam, vivazes, amortecendo as truncaduras das quebradas, as quixabeiras de folhas pequeninas e frutos que lembram contas de ônix; mais viventes adensam-se os icoseiros pelas várzeas, sob o ondular festivo das copas dos ouricuris; ondeiam, móveis, avivando a paisagem, acamando-se nos plainos, arredondando as encostas, as moitas floridas do alecrim dos tabuleiros, de caules finos e flexíveis; as amburanas perfumam os ares, filtrando-os nas frondes enfolhadas, e — dominando a reviviscência geral — não já pela altura senão pelo gracioso do porte, os umbuzeiros alevantam dois metros sobre o chão, irradiantes em círculo, os galhos numerosos".
Em 1810, se mesmo nas cidades se encerravam as mulheres da casa em pontos resguardados das vistas de estranhos, essa reclusão era, ainda mais exagerada no interior, principalmente nas casas grandes. Pousou Koster em casa do senhor de Murumbu, com quem jantou, "enquanto as senhoras, das quais não se permitira nem vista passageira, estavam na sala junto. Dois moços, filhos do proprietário, auxiliavam os escravos a servir o jantar e só se sentaram depois do pai levantar-se da mesa". As crianças também se conservavam à parte, mudas e tímidas, gravada indelével na mente a frase vezes sem conta repetida: "Menino é o último que come e o primeiro que apanha".
Esse carrancismo, esse remanescente dos costumes moiros era principalmente observado entre os portugueses, e Koster, que viveu em Pernambuco,