e tanto o apreciou que aí veio morrer, escreve a esse respeito: "É entre essa porção da população, que abandonou seu país para acumular fortuna no Brasil, que a introdução de qualquer progresso se torna quase impossível. Muitos brasileiros, mesmo das classes mais elevadas, seguem igualmente os hábitos mouriscos de sujeição e reclusão, mas estes veem logo as vantagens que advirão de maneiras mais civilizadas e facilmente adotam hábitos mais polidos, quando em comunicação com as cidades".
Por toda a parte a mesma hospitalidade franca, que dispensava apresentações, desde a casa pobre do Sr. Cavalcanti, de um só andar e telha van, onde só teve para comer carne do Ceará com pirão, até o rico engenho de André de Albuquerque Maranhão, com quatorze léguas de plantação, e na qual comeu opíparo jantar, como melhor o não teria em Recife e do qual, mesmo um epicuriano inglês nada teria a dizer. Era a hospitalidade cordial de ricos e pobres, que faria Mansfield escrever a um amigo: "Não sei como gastar dinheiro; parece ser regra que os estrangeiros sejam sempre considerados hóspedes em toda parte. Avisaram-me que não oferecesse dinheiro a ninguém, que seria grande ofensa".
O pagamento era assim considerado pelos pobres como pelos abastados. Quando Koster, no sertão da Paraíba, quis pagar o leite de cabra a uns matutos, eles perguntaram se o viajante os queria insultar. E eram homens rudes, gente miserável para quem um inglês era bicho que nunca tinham visto, pasmos diante de sua conversa com o criado em língua de negro. Gardner em Icó sempre teve