Os mulatos eram a regra no litoral, e os mamelucos mais comuns no sertão. "As mulheres desta casta", diz Koster, "são muito mais bonitas que quaisquer outras da região e os homens parecem ter mais independência de caráter e menos respeito ao branco do que os mulatos." Mesmo na gente mais pobre as mulheres se ocupavam exclusivamente com os arranjos domésticos, a renda de bilro, os quitutes. A própria ordenha de cabras e vacas estava a cargo dos homens. "Nenhuma mulher livre", diz Koster, "executa qualquer trabalho fora de casa, exceto buscar água e lenha, quando os homens não estão."' Falando da vida dos vaqueiros observa ele que "ao contrário dos peões das regiões do Prata, o sertanejo tem consigo a esposa e a família, vivendo com relativo conforto."
A rede, "a coisa mais conveniente e melhor adaptada ao clima, que se poderia imaginar", faz as vezes de cama e de cadeira. E Gardner escreve: "Embora haja cadeiras na sala principal das casas mais respeitáveis do sertão, raramente fazem uso das mesmas, pois a rede é o assento favorito das mulheres, que raro a abandonam, a não ser na hora das refeições; nela, como na esteira, sentam-se com as pernas cruzadas sob o corpo, e sua principal ocupação durante o dia é fumar, encher-se de doces e beber água fria. Armam-na de modo que fique a um palmo do chão, servindo de sofá, vendo-se frequentemente mais de uma pessoa sentada na mesma rede. À noite é a cama preferida por ser muito fresca e é de uso universal, o que posso atestar por minha experiência pessoal, pois durante três anos raramente dormi em outra coisa."