a instrução, da que ele tem, a condição do Brasil muito breve seria bem diversa da atual."
No tempo de Koster o povo só compreendia a leitura pelos padres e isto mesmo do breviário. Em Itamaracá alguém lhe perguntou: Vocemecê não é padre; então porque é que lê; é o breviário? E como todos o viam lendo, veio contar-lhe alguém: Dizem que Vm. é muito santo!
Pelo interior de Pernambuco, contava-se então o tempo pelos governadores ou a partir da seca de 1793, ou da data da expulsão dos jesuítas.
Diz ele ter assistido a episódio, que ouvi, quase um século mais tarde, repetido como anedota. Passando por um mocambo ouviu rezas à cabeceira de um agonizante que se ajudava a morrer. E como gemesse o moribundo, pouco conformado com o próximo fim, o rezador interrompeu um pouco as orações para dizer-lhe: Morra e deixe de bobagens! E continuou a desfiar o rosário.
A gente pobre, que se igualara nas mesmas horas de angústia e perigo, na luta contra o batavo, que vibrara na mesma alegria das horas gloriosas dessa guerra, continuava unida, num mesmo pé de igualdade. "É surpreendente", diz Koster, "posto que extremamente agradável ver a pouca diferença que sem faz entre o branco, o mulato e o negro, se todos são igualmente pobres e se lodos nasceram livres. Digo surpreendente porque nas colônias inglesas, francesas e holandesas a distinção é muito acentuada; e entre os espanhóis erguiam-se barreiras até entre vários tons de colorido."
Mas entre esses miseráveis havia um pária - o caboclo, apesar ou por causa de seu gênio manso e inofensivo. Até mulatos e negros se julgavam