As mineiras, como as outras brasileiras, enquanto jovens são magrinhas, frágeis, de beleza delicada e "uma alemã vale por três brasileiras." Vive a mineira em sistema de semirreclusão; a dona da casa e as filhas (com exceção das famílias mais civilizadas) não sentam à mesa com estranhos. Entre as classes menos educadas o deshabillé é tal que não permite receber visitas, sem que se vistam quase dos pés à cabeça." As mocinhas são mais bonitas dos 13 aos 16 anos. "Considero a família mineira", diz Burton, "como a do Brasil em geral, de costumes extraordinariamente puros. Aqui uma quebra da virtude é coisa impossível, faltando quase sempre oportunidades para isso, e chumbo na cabeça ou faca no coração seria certamente o fado do suposto sedutor." E continua: "Seria divertido, se não provocasse indignação, ouvir um estrangeiro, depois de alguns meses de residência, quando a custo pode formar frase bem concatenada em português, gravemente suprir sua falta de experiência com o poder da fantasia, e citar o dito injurioso que parece ter corrido de um polo a outro: aves sem canto, flores sem perfume, homens sem honra e mulheres sem honestidade."
Nas classes baixas de Minas encontrou muito espalhado o uso de bebidas, e citando as opiniões do príncipe de Wied, de Gardner, de Castelnau sobre a sobriedade dos Brasileiros (90),Nota do Autor escreve: "Minha experiência é a seguinte: Nas cidades do Atlântico a sobriedade é a regra, especialmente entre as pessoas educadas e o clima dificilmente permite prolongar-se o abuso de estimulantes.