O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

pela esteatopigia e "pelo modo extraordinário da tatuagem: a carne elevando-se em protuberâncias, formando um como fio de pérolas." "Os angoleses," escreve Koster, "mostram, às vezes, grande apego, fidelidade e honestidade; são os que mais se esforçam para resgatar-se, comprando a própria liberdade. Os Congos participam de muitos dos carateres dos angoleses, mas são mais eficientes e particularmente adaptados aos trabalhos de campo; são menos lestos em seus movimentos e não parecem tão vivos e corajosos." Diz Walsh que os pretos de Angola eram os mais estimados, seguindo-se-lhes os naturais do Congo."Os Rebolos parecem a Koster um ramo dos dois primeiros, mas se caracterizam por sua teimosia, e mais facilmente desesperam.

"Os Angicos" informa Walsh, "são altos e robustos, de negro azeviche, brilhante. Distinguem-se geralmente por seu modo singular de tatuagem, que consiste em três gilvazes em cada bochecha, estendendo-se circularmente da orelha ao canto da boca". E Koster completa que seus olhos são expressivos; há grande asseio em seus arranjos domésticos e se esforçam por ganhar dinheiro. Os de Gabão vivem num estado ainda mais selvagens, suportando mal a escravidão, sendo comuns os suicídios; são altos e bens feitos, muito negros, dotados de grande força muscular. Os de Moçambique se distinguem por sua pequena estatura (pobres seres feios, lânguidos e inativos, no dizer de Koster), de pernas finas e cor tirante ao pardo, quase como os mulatos.

"Antes de vir ao Brasil", escreve Walsh, "eu era incapaz de distinguir um negro de outro, como um carneiro num rebanho, mas neste país verifiquei