idades brincando juntas e tratadas carinhosamente, como se fossem da família. A escravidão em tais circunstâncias é muito aliviada e muito semelhante à dos tempos patriarcais, quando o servo comprado se tornava para todos os fins pessoa da família. O grande mal é que, embora os senhores não tratem os escravos mal, o podem fazer, e o escravo está sujeito às piores ocorrência, como ao capricho de um senhor mal educado. Estivessem todos eles tão bem como os escravos domésticos dos Afonsos, onde a família habitualmente reside, e nunca confiados a outras pessoas, a condição dos indivíduos poderia ser comparada com vantagem à dos criados livres. Mas o ótimo é impossível e o péssimo mais que provável".
Mas mesmo nas ruas do Rio de Janeiro onde se viam escravos fujões andando de gargalheira especial (105)Nota do Autor de ferro ou com corrente amarrada ao pé e a grande peso, e os ébrios habituais com máscara de folha de Flandres, a vida não era tão má, e a mulher do consul Americano, em 1857, dizia que o Brasil era o paraíso dos negros.
As leis, mesmo as que vinham do Reino, davam umas tantas garantias ao escravo e lhe facilitavam meios de alforria mas, infelizmente (como, aliás, acontece com todas as leis), os senhores ou as sofismavam ou as desprezavam como letra morta e ao escravo só restava sofrer e calar. Determinava a lei que o escravo podia obrigar o senhor a alforriá-lo, desde que lhe apresentasse a soma