O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

de sua compra; que podia escolher outro senhor que mais lhe agradasse; que a escrava, mãe de dez filhos vivos, seria liberta; que, na pia batismal, o neófito podia ser alforriado mediante o pagamento de vinte mil réis. Esta última disposição levava as escravas a convidarem para padrinhos dos filhos pessoas abonadas, na esperança do resgate. A situação do filho acompanhava a da mãe e por isso permitiam os senhores, facilmente, o casamento de escravas com homens livres, mas nunca o contrário. Pelo alvará de 1775, robustecido pelo decreto de 27 de Fevereiro de 1823 os escravos expostos eram considerados órfãos e gozavam de todos os privilégios de cidadãos livres.

Maria Graham viu na fazenda dos Alonsos um casal de escravos que, a custa de economias,

conseguira dinheiro para a alforria de um, sendo escolhida por eles a mulher, para que os

filhos nascessem livres. No meio dos costumes frouxos do interior era das coisas mais

comuns viverem senhores com escravas, de cama e pucarinha, aumentando com o próprio

sangue o seu cabedal. E não era raro que os pais vendessem os próprios filhos. Conta

Caldcleugh que o Pe. Canto tivera de uma escrava quatro filhos: vendera dois e os outros

eram os carregadores de sua cadeirinha. E os ingleses, que tanto deblateravam contra os

costumes deste país de escravos, a eles facilmente se amoldavam.

Nas minas de Morro Velho havia 800 escravos em 1863 e procuravam os ingleses comprar mais mil e ern 1885 aí se viam ainda algumas centenas. Na estrada da Tijuca encontrou Walsh, no quintal