O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

tristes e lastimosas, servindo de acompanhamento a canto igualmente triste. Outro era uma cuia, tendo certo número de pequenas barras de ferro, paralelas, de extremidade chata, "lembrando as teclas de um harpsicórdio", diz Walsh. A cuia era segura com as duas mãos, tocadas as teclas com os polegares, dando notas que o mesmo autor compara às da espineta; e comenta:

"Este instrumento é o mais comum; qualquer desses pobres diabos procura possuir um e, carregando os fardos, confirma a arrancar dele músicas simples, que parecem aliviar-lhes a carga, como se fosse pura grata testudo, laborum dulce lenimen." Era a marimba.

Havia um terceiro, constituído por arco de bambu ou de qualquer madeira flexível, esticando uma corda de tripa e enfiado em cuia ou quenga, e que era tocado com os dedos ou com pequena palheta, apertando-se a curiosa caixa de ressonância de encontro ao peito. Estes eram instrumentos de concerto ou de acompanhamento ao canto, informa Walsh, e continua:

"Há outros usados para a dança, pelos quais os negros são loucamente apaixonados. Um é tronco de árvore, oco, coberto na extremidade, por um couro esticado" (pele de carneiro, precisa Koster). O tocador escancha-se nele e bate com as palmas das mãos, tirando som muito forte, ouvido a considerável distância. Este tambor excitante tem poderoso efeito sobre os negros. Há pequeno gramado em São José, perto do chafariz, onde os negros se reúnem todos os domingos, à noite, para dançar. Aí o executante toca o seu tambor, reunindo os dançarinos. A primeira pancada, ouvida