O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

As casas continuam, como nos tempos coloniais, irregulares e baixas, construídas de uma pedra areenta, mineralizada de ferro. Poucas são assoalhadas, muito poucas se guarnecem de parede de pedra e cal.

"A maior parte das paredes é de frontal, e o método de as levantar consiste em levantarem esteios, que de ordinário são de uacapú ou sepipira, cujas extremidades ficam na terra. Em vez de pregarem os caibros que atravessam para fazerem o engradamento, atam-nos com o timbó-titica e sem adubarem o tijuco, nem muitas vezes fazerem uso da colher e trolha, mesmo à mão vão emboçando o frontal. Caia-se depois ou com a cal, a que reduzem as conchas que chamam Sirnambés ou com a tabatinga". Esta descrição de 1783 corresponde ao que ainda viram os ingleses em 1848

Entre essas duas datas houve um período mais florescente. escrevendo Bates: "... os edifícios públicos, incluindo os palácios do bispo e do presidente, a catedral, as principais igrejas e conventos, parecem construídos em escala de grandeza muito acima das necessidades presentes. As ruas cheias de amplas residências privadas, construídas no estilo italiano de arquitetura, estão abandonadas, com ervas daninhas e pequenas árvores em flor saindo das fendas das paredes. As grandes praças públicas, cheias de tiririca, são intransitáveis por causa dos atoleiros".

É verdade que em 1859, quando o mesmo naturalista aí voltou, de regresso do alto Amazonas para a Inglaterra, as coisas se tinham extraordinariamente modificado para melhor, segundo alegremente confessa: "A população aumentara (para