O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

O clima é muito gabado; Wallace considera-o delicioso e Bates escreve: "A temperatura igual, o verde perpétuo, a frescura da estação seca, quando o calôr do sol é abrandado pelas brisas do mar e a moderação das chuvas periódicas, tornam o clima um dos mais deleitosos da face da terra". E acrescenta: "Alguns residentes ingleses, que aqui se fixaram há 20 ou 30 anos, mostram cores tão frescas como se nunca tivessem deixado sua pátria. "As mulheres do país parecem conservar seu bom aspecto e gordura até a velhice. Nunca observei nas senhoras brasileiras esse rápido declínio, que dizem ser tão geral nas mulheres da América do Norte".

São igualmente entusiásticos os louvores ao caixilho de verdura desse lamentável quadro de uma cidade decadente e vale a pena traduzir as palavras de Bates, depois de referir a impressão de desagrado de seu primeiro passeio: "Mas compensando todos os defeitos, erguia-se a beleza deslumbradora da vegetação. Viam-se por toda parte, entre as habitações, as copas escuras e maciças das mangueiras sombrias, no meio de fragrantes laranjeiras em flor, de limões, de muitas outras árvores frutiferas tropicais, umas em flor, outras em fruto, em vários estados de amadurecimento. Aqui e ali, destacando-se acima da cúpula das árvores, a estipe lisa e colunar das palmeiras, sustendo lá no alto as magníficas coroas de folhas finamente recortadas. Entre elas era especialmente notável o esbelto açaizeiro, crescendo em grupos de quatro ou cinco, de haste lisa, levemente curva, com 20 a 30 pés de altura, terminando num leque de folhas plumosas, de perfil extremamente leve e elegante. Nos ramos das árvores