mais robustas repousavam tufos de parasitas de folhas curiosas ou suspendiam-se em forma de cordas e fitas, enquanto trepadeiras luxuriantes subiam indiferentemente pelos troncos, tetos e paredes ou caíam das estacas com copiosa profusão de folhagem. A soberba banana, que sempre lera constituir um dos encantos da vegetação tropical, crescia aí com grande exuberância: suas folhas lisas, de um verde aveludado, de doze pés de comprimento, curvavam-se sobre o teto das varandas atrás das casas. A forma das folhas, as várias gamas de verde que apresentam quando levemente agitadas pelo vento e especialmente seu contraste, no colorido e no aspecto, com o tom mais sombrio e o contorno mais arredondado das outras, são suficientes para fazer sobressair o encanto desta árvore gloriosa".
Pelas ruas de Belém rodavam em fins do século XVIII apenas doze seges: em 1848 as carruagens não chamaram a atenção dos viajantes, mas em 59, encontrava Bates "sessenta veículos
públicos, leves cabriolés (alguns dos quais construídos no Pará), aumentando muito a animação das praças, ruas e avenidas".
Sobre os habitantes do Pará escreve Wallace: "Há o inglês de cores frescas, que parece dar-se tão bem como no clima mais frio de sua pátria, o americano pálido, o português trigueiro, o brasileiro mais corpulento, o negro alegre e o índio apático mas bem conformado; e entre eles uma centena de tons e misturas, exigindo uma vista perspicaz para diferençá-los. Os brancos vestem geralmente roupas de linho muito limpas, sem mancha. O trajar do negro ou do índio se reduz a calças de algodão branco ou listado, a que juntam,