de criados, tavernas, armazéns, depósitos. Impressionava aos ingleses que no Brasil as casas de bebidas não tivessem janelas, sendo as aberturas para a rua abertas até o chão, em duas ou mais portas. Diz-nos Henderson que as casas em dois pavimentos possuíam varandas, "não diferindo do estilo geral das construções portuguesas".
Residiam as famílias no pavimento superior, sendo a sala da frente de janelas rasgadas até o solo e protegidas por sacadas com grades de ferro. A decoração interna era luxuosa e bizarra, mas a construção dos prédios não obedecia a nenhum estilo arquitetônico. O palácio do governo eleva-se num montado, não longe da praia e com a face principal voltada para a cidade. É extensa construção uniforme, de pedra, em dois pavimentos, com larga entrada principal que não se abre em pórtico. De um dos lados é contíguo à prisão e à casa da câmara que parecem com ele formar um só todo. Em frente há grande praça gramada que contribui para dar ao conjunto aparência agradável e distinta. Essa praça estende-se desde o porto até a catedral. Um dos lados é quase todo tomado pelo palácio e outros edifícios públicos e o oposto por grupos de habitações, separados pelas ruas que se dirigem para as outras partes da cidade. Aí, nas ruas menos importantes, as casas são térreas, cobertas de palha, com as janelas não envidraçadas, sujas e miseráveis.
Oitenta e cinco igrejas foram contadas por Gardner, que achou os edifícios de São Luís mais regulares, em sua aparência, que os das outras grandes cidades brasileiras. (Em 1841 São Luís