se modificara. "Todas as senhoras", informa Koster. "vestiam-se graciosamente de sedas de várias cores, com mantilhas negras. Pouco antes desse período, essas mesmas pessoas teriam ido à missa com saias de algodão estampado de Lisboa, um quadrado de pano grosso na cabeça, sem meias e de sapatos sem salto".
Parnaíba era a maior das três capitais, com dois a trê mil habitantes, "com veementes vestígios de ter sido centro de maior importância", que decaíra e recomeçava a erguer-se por essa época (1810), apresentando alguns melhoramentos. Já fugia ao tipo aldeão clássico de praça, da qual irradiavam as ruas. Na Paraíba havia uma rua principal, larga e calçada de grandes pedras, apresentando dos dois lados casas de sobrado com o rês do chão ocupado pelos estabelecimentos comerciais e o andar superior pelas residências. Em muitas as janelas eram envidraçadas, melhoramento que mal começava a ser introduzido em Recife. O antigo convento dos Jesuítas com sua igreja central, era agora utilizado como palácio do governador em uma das alas e pela residência e despacho do ouvidor na outra. Viam-se os conventos dos Franciscanos, Carmelitas e Beneditinos, grandes construções, começando a mostrar os estragos do tempo por estarem quase desabitados: o primeiro com cinco frades, o segundo com dois, e o dos Beneditinos, pouco depois extinto, com um só. Seis igrejas: Nossa Senhora das Neves, padroeira cia cidade; Bom Jesus, para os soldados; Santa Cruz; São Pedro; Nossa Senhora do Rosário, para os negros e Nossa Senhora Mãe dos Homens, para os mulatos. Várias fontes públicas, entre as quais sobressai a construída