O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

pelo governador Amaro Joaquim, graciosa e provida de oito bicas. A cidade baixa era de aspecto miserável, constituída por pequenas casas térreas, situadas em torno de uma lagoa.

Comentava-se, por ocasião da estadia de Koster, a benéfica administração do governador Amaro Joaquim, que estabelecera a ordem na capitania e a tranquilidade da capital, antes sobressaltada pelas estrepolias dos encapuçados, que se entregavam ànoite a condenáveis desatinos, pertencentes muitos deles às famílias mais importantes: Amaro Joaquim ordenou que a patrulha os prendesse, dormindo os fidalgotes na enxovia. João Nogueira, filho de negra e de um fidalgo, assaltara certa casa, roubando as moças e, dizia-se, fazendo assassinar as pessoas que se opunham à sua façanha. Condenado a duzentos açoites, protestou, porque como filho de fidalgo não podia ser açoitado. Respondeu o governador que a fidalguia era apenas pela metade, e que lhe cabia dizer qual o lado nobre, para receber os açoites no lado plebeu. E assim se fez.

Se tais eram as capitais, que dizer das outras cidades? Já Koster observara que os vilarejos brasileiros obedecem todos a dois tipos: os mais modernos se estendem numa rua ao longo da estrada, rua da qual, mais tarde, partirão as vielas secundárias; os mais antigos repetem o modelo ibérico — praça, donde se irradiará aos poucos a povoação.