Eram raras as casas de janelas envidraçadas e com sacadas de ferro. Em geral as janelas eram gradeadas (11)Nota do Autor mas já em 1811, de volta ao Recife, achou Koster notável diferença no aspecto da cidade, muitas das casas tendo substituído o sombrio e pesado gradeado por janelas de vidro e varandas de ferro, e a evolução foi rápida pois Maria Graham em 1821 nada vira de extraordinário, pois não nos fala em tais grades,ela que, minuciosamente, não esquece os caixilhos de pedra pardacenta. Só o bairro do Recife era todo calçado "com os seixos azulados da praia ou de granito cinzento e vermelho". "O Recife", diz Koster, "é uma praça próspera, aumentando diariamente de importância e opulência, prosperidade devida em grande parte, a Caetano Pinto de Miranda Montenegro. Ele não fez inovações desnecessárias, mas permitiu a introdução de melhoramentos úteis". Koster e Maria Graham acham a cidade bem limpa, mas Waterton fala na "lamentável falta de asseio das ruas onde o lixo das casas e os dejetos das bestas de carga formavam nódoas desagradáveis para o estrangeiro, manchas que o vento levantava numa nuvem de poeira nauseabunda, a ofender olhos e nariz dos transeuntes. Gardner, que achou o Recife tão sujo como o Rio, diz que "em quase todas as cidades do Brasil a chuva é o único encarregado do asseio das ruas: quando a cidade é em declive há uma limpeza relativa, mas infelizmente tal não sucede em Pernambuco". Doze anos mais tarde Mansfield acha o Recife "terrivelmente sujo, com as ruas atulhadas de todas as imundícies imagináveis". E continua: