"apesar disso não tem mal cheiro; comparado ao de Lisboa podemos considerar suave o seu perfume e ao de Colônia como tendo a fragância de uma rosa". O que não seriam então estas duas cidades!
As instituições públicas, em 1810, apesar de escassas, eram excelentes, assevera Koster; louvando o seminário de Olinda com um corpo docente douto e liberal. Distribuíam-se escolas livres por quase todas as cidades do interior, ensinando-se a ler, escrever e contar e, às vezes, um pouco de latim. Os Hospitais miseráveis. Digna de encômios, a Roda dos Enjeitados, "que afasta todos os pretextos para os impulsos desnaturados das mães e pode, às vezes, permitir que se reforme a conduta futura, pela oportunidade de ficar oculto e esquecido o passado", comenta Koster, que estende seus louvores aos Recolhimentos, que "recebem meninas ou senhoras de conduta incorreta, mas cujos pecados não são notórios, aí postas pelos parentes para evitar a desonra". O número de igrejas, capelas e nichos de santos espalhados pelas ruas é despropositado.
E não havia em 1810 uma única livraria ou tipografia! No convento da Madre de Deus vendiam-se almanaques e vidas de santos, impressos em Lisboa. Em 1821 ainda era completa a ausência de livrarias, apesar do aumento da população mas começava a ser publicado o primeiro jornal, Aurora Pernambucana (12).Nota do Autor
Do mobiliário das casas burguesas de Pernambuco dá-nos Maria Graham uma breve descrição, pela que teve a oportunidade de visitar: a