O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

aluguel; em 1802 escreve Lindley: "Estas cadeiras não são como as nossas, mas muito mais altas e abertas dos lados, de alto a baixo, de modo que a pessoa, entrando, já está sentada. São levadas aos ombros de dois negros robustos, por meio de duas peças de madeira que fazem saliência, adiante e atrás, na parte superior da cadeira. No alto são profusamente ornamentadas com esculturas e doirados, e protegidas por espessas cortinas de seda ou de lã, recamadas de ouro e prata."

No tempo de Maria Graham eram cadeiras de vime, com estribo e baldaquim de couro, cortinas com barra doirada e forradas de linho ou de algodão. Caprichavam os proprietários na riqueza das cadeirinhas e na libré dos carregadores, levando às vezes a um extremo ridículo (23).Nota do Autor

O mobiliário das salas de visitas era mais ou menos uniforme: um sofá em cada extremidade da sala e, de cada lado, uma fila das cadeiras, que pareciam nunca ter sido tiradas do lugar. Pelas paredes gravuras e péssimos quadros; nos cantos jarras da porcelana. No meio da sala o piano e o violão. Em algumas casas viu Maria Graham tapetes, espelhos venezianos, candelabros de cristal e porcelanas francesas, indianas e chinesas.

A mesma inglesa já encontrou na Bahia uma livraria na cidade baixa e outra na subida para a cidade alta, ambas vendendo os livros por preço absurdo. "Aqui," diz ela, "o estado geral da educação é tão baixo, que é preciso muito talento