camisa ou anágua, de cabelos por pentear, ou aparecendo às visitas com papelotes.
O trajar à francesa, que começava a ser adotado em 1803, para as visitas de cerimônia e festas públicas, se generalizara em 21, estranhando Maria Graham o excesso de joias. Já em 1802 escreve Lindley no seu diário (4 de outubro): "As mulheres de todas as classes sociais, mesmo as negras, adornam-se com correntes de ouro, de 1 a 3 jardas de comprimento, enroladas em três ou quatro voltas em roda do pescoço, tendo preso um crucifixo, santo ou bentinho de ouro. O lavor de tais cadeias e o peso dos enfeites é que marcam a diferença de suas portadoras. A senhora do capitão Velloso tinha ontem verdadeira carga, enquanto uma pobre mulher, apenas possuía fino fio de ouro com dois escapulários de seda."
Homens e mulheres deixavam crescer de maneira extraordinária a unha do polegar ou do indicador, cortada em ponta, e que lhes servia para desfiar fumo, tocar violão e como prova de vida ociosa. "O que nesta região é excelente recomendação," comenta Lindley.
Até 1803 não se comia na cidade de Salvador nem carneiro nem vitela e a carne verde era do pior aspecto. Mas em 1820 diz Henderson que a carne era melhor que no Rio, havendo abundância de deliciosos futos, especialmente laranjas, bananas e abacaxis.
Em 1802 começava a ser conhecido o uso de garfo e faca, mostrando-se os baianos desajeitados e abandonando logo esses trambolhos. Nas refeições, diz Lindley, "tomam com os dedos um pedacinho de carne (que é sempre tão cozida, que