A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Prefácio

Este livro, na realidade, é o terceiro volume de minha História das Relações Exteriores do Império. Quando planejei essa obra, era moço, na plenitude de meus recursos. Acreditava eternas, as forças humanas; ilimitadas, as energias de realização do esforço individual; infinita, a capacidade de ação do trabalho cerebral.

Veio o tempo, com seu lento poder destrutor, e se realizou o que há de indefectível em todas as criações humanas: o coeficiente de desagregação da obra empreendida. Só pude pôr em circulação dous tomos do plano que fora iniciado com cinco partes. Na primeira, vinham estudadas as origens dos problemas históricos e diplomáticos com os quais o Brasil se veria a braços. Na segunda, veio investigada a evolução, durante o Primeiro Reinado, de todos os fatores de que resultavam as Relações Exteriores do Império recém-liberto das peias portuguesas.

Neste terceiro volume, procurei cobrir o período que vai da queda de D. Pedro I até a pacificação do país e ao início do equilíbrio no Rio da Prata, com a derrota e a fuga de seu principal autor: D. Juan Manuel Ortiz de Rozas.

Restam a ser divulgados, os fatos do Segundo Império a que presidiu a figura majestosa, serena e patriótica de D. Pedro II; abrange a intervenção no Uruguai; a guerra do Paraguai; os dissídios com a Inglaterra; a questão Christie; a intimidade com os Estados Unidos; o prestígio crescente do Império na América do Sul e na Europa;