A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

CAPÍTULO XIII

O IMPERADOR

Que significação, ia ter no desenvolver dos acontecimentos públicos esse fator novo, que, prematuramente, então se introduzia? Qual o valor dessa incógnita que surgia, em pleno desconhecido, no problema político do Brasil?

Ainda hoje, um terço de século após sua morte, não se fez o acordo de opiniões sobre o homem, sua influência e o âmbito de sua ação.

Apenas agora começa a fase do julgamento histórico da obra de Pedro II. Devemo-lo ao grande esforço intelectual desenvolvido por ocasião da comemoração do centenário do nascimento do último Imperador. Tanto a série de estudos constitutivos do trabalho divulgado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio, como os números especiais publicados pelos grandes jornais da capital e dos estados, encerram contribuições da mais alta valia.

Graças a elas, e com a leitura dos livros, panfletos e folhas diárias do longo reinado, quase semissecular, já se delineara traços seguros do nobre perfil desse chefe de Estado.

Limpa dos ouropéis com que julgava adorná-la a lisonja dos contemporâneos, nem sempre desinteressados e