CAPÍTULO XV
ADENSAMENTO DAS NUVENS NO SUL. O EQUILÍBRIO INSTÁVEL DO PRATA. A GUERRA CONTRA ROZAS. A BATALHA DE MORON OU DE MONTE CASEROS E A QUEDA DE ROZAS.
No Rio da Prata, pelas reações recíprocas dos dous países não pôde ser estudada a política do Brasil isoladamente da Argentina e do Uruguai. Já tivemos ocasião de vê-lo no Capítulo VI do presente exame.
Nas colônias espanholas, as províncias agrícolas representavam um pouco o papel de parentes pobres, e os núcleos de população eram constituídos pelas haciendas, em que o vecindário e os peones se grupavam em torno do proprietário das terras em derredor; entre eles, valor social e situação iriam principalmente depender das qualidades pessoais em cada um. Nos dias de hoje o personalismo de que se queixa a política platina, a Argentina principalmente, reproduz longínqua, obscura, mas enraizada herança desses feitios tradicionais da feição e da formação da terra. Em torno, tudo era igual na infinda planície pampeana. O que se destacava e servia de elemento classificador era o valor, a característica pessoal do homem, distinto e dissimilante de um para outro exemplar humano na reinante uniformidade do meio.