A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

CAPÍTULO I

A LUTA CONTRA O ABSOLUTISMO. O ATO ADICIONAL

Vencia no Brasil o espírito liberal. Iam governar o país os homens de Estado que tanto, e, às vezes, tão justamente, haviam condenado as práticas absolutistas do primeiro reinado.

Na revolução pacífica, coroamento de uma evolução vinda do fundo da nacionalidade, e desabrochada a 7 de setembro de 1822, só se achavam impulsos, ideias, interesses e sentimentos exclusivamente brasileiros. Ao invés dos exemplos estrangeiros frequentes, de movimentos internos provocados pela política internacional, esta nenhum influxo, remoto sequer, tivera nos fatos.

Partilhamos a opinião de historiadores recentes (1)Nota do Autor no modo de encarar a abdicação e o advento do segundo reinado. É esta fase um modelo raro de revolução dirigida. Iniciada como protesto contra o arbítrio de D. Pedro I na constituição de ministérios, contra o que exigia a Carta de 25 de março, breve se ampliou seu âmbito.

Mérito foi dos grandes condutores liberais do tempo, Vergueiro à frente, compreender a intensidade da força propulsora do repúdio, e pôr-se à testa do movimento para lhe limitar os excessos. Os moderados não