República, uma única consagração digna de reparo, a exígua estátua modelada pelo Bernardelli escultor, para a Praça Mauá, no marco inicial da Avenida Rio Branco, caridosa iniciativa de dois realizadores: Lauro Müller e Frontin; uma rua em Santa Teresa, de cuja existência mal se tem notícia fora do bairro; uma Escola Profissional inaugurada pelo Prefeito Azevedo Sodré; um busto sem vida na Companhia Docas de Santos, outro no Clube de Engenharia.
No Amazonas, que ele abriu ao mundo num rasgo de audácia, há um igarapé ainda vagamente conhecido pelo nome de Mauá, em memória, ou de uma colônia de 600 açorianos, por ele fundada em 1855 na povoação de Barra do Rio Negro (Manaus), ou do primeiro vapor que, graças a ele, aí apareceu em 1853. Em São Paulo, que lhe deve a São Paulo Railway, para não falar em obras que diante desta ficam pequenas, existe na Capital a placa de uma rua das mais pobres e em Santos a de uma praça que começa a ser bem edificada pela carestia dos terrenos em volta.
No Rio Grande do Sul, seu berço, subsistem amontoadas as pedras de uma casa em ruías, a do seu nascimento, com as quais almas piedosas vão construir no lugar uma coluna votiva e nas proximidades de Porto Alegre, sobre o rio Jacuí, uma armação de paus roliços que sustentava até pouco tempo uma letreiro — Porto Mauá — indicativo da atracação para lanchas de maior calado, um dístico que o povo, descontente com a conservação e com a dragagem, lia zombeteiramente — porto mau-há. Em Porto Alegre, em Pelotas, São Leopoldo e Guaporé, pequenas ruas com seu nome — e no Palácio da Presidência, um medalhão de bronze com sua efígie, homenagem do Presidente Borges dc Medeiros.
A minha admiração foi crescendo com a leitura de belas mas resumidas páginas que escreveram o Conselheiro Souza Ferreira, antigo redator-chefe do Jornal do Comércio para comemorar o quinquagésimo aniversário da Empresa de Luz Stearica e as do discurso que fez no Instituto Politécnico o Engenheiro V. A. de Paula Pessoa.
A leitura posterior da — "Exposição aos credores de Mauá