diminuir. O desastre do Banco Mauá y Cia. em Montevidéu, a demora e por fim a sentença declinatória na causa contra a E. de F. Santos a Jundiaí, as crises nacionais de produção que causaram a explosão violenta de 1864, as quebras de Souto, Gomez & Filhos, Montenegro, etc., tudo isto e outras causas, lhe tinham ido diminuindo os recursos em dinheiro.
Ele, porém, não podia permitir dificuldades. "... Convencido de que a estrada de que se trata respondia a altas conveniências em que os interesses econômicos, financeiros e políticos do país eram bem consultados, senão desde logo, em época não muito distante, resolvi uma vez mais arrostar sozinho as dificuldades monetárias que a execução do trabalho reclamava ..." (Exposição aos credores de Mauá & Cia..)
Poucos dias depois de assinado novo contrato, em julho de 1872, os estudos foram atacados com todos os elementos que foi possível reunir na Europa, quer de material quer de pessoal, em quatro turmas compostas de 16 engenheiros e 76 auxiliares. Mauá sozinho custeava todas as despesas. Sua fé na empresa era sustentada por um patriotismo ardente. Sua confiança no chefe da expedição dava-lhe segurança de êxito. "Encontrei nele uma alta inteligência, honradez a toda a prova, aptidão inexcedível e uma dessas vontades que só conhecem as dificuldades para as vencer ..." (Exposição aos credores de Mauá & Cia., p. 76.)
A morte de Palm, em 1872, não prejudicou muito a marcha dos estudos. Como bom chefe, deixara um estado-maior de primeira ordem, que pôde continuar-lhe a obra até que de Londres chegou o outro concessionário, Lloyd, profissional de reputação científica e de capacidade prática, demonstrada em obras idênticas na América do Sul.
São de William Lloyd e de seus engenheiros, os trabalhos gráficos e documentos relativos à estrada de ferro que devia ligar Curitiba a Mato Grosso, executados em 32 meses, assim como é dele o notável relatório apresentado ao Governo Imperial em começo de 1875.
Esse ano foi, infelizmente, o ano da moratória de Mauá. Recusado o auxílio de três mil contos pelo Banco do Brasil à