visto que muitas cadeiras das que existem nas cidades e vilas principais, temos avulsas, por pequenas povoações interiores, onde além de haver poucos estudantes, convém mais ensinar a lavrar e cultivar a terra e cuidar dos bois.
E acrescentava o ministro Lino Coutinho: "Devemos atenta à natureza e índole do país, rico em todos os três reinos da natureza, animal, vegetal e mineral, promover os estudos das ciências naturais e físicas, a fim de melhor aproveitarmos daqueles dons, e para isso se faz mister estabelecermos nas diferentes províncias com relação a sua riqueza natural, escolas adequadas e próprias para nelas se aprenderem, por exemplo, em Minas Gerais, as ciências montanísticas e metalurgia; no Rio Grande do Sul a agricultura e química aplicada às artes; no Pará, zoologia, botânica e construção naval; a fim de que possamos conseguir uma prática proveitosa aumentando a nossa agricultura e mineração, e dando-se princípio as artes que precisamos tanto". (Relatório ministerial).
1833 — O relatório continha os seguintes conceitos sobre "o método de ensino público": "este método não tem apresentado aqui as vantagens obtidas em outros países; por esta razão o governo está disposto a não multiplicar as escolas, onde se ensine por este método, enquanto as existentes se não aperfeiçoarem". Sobre os edifícios escolares faz a seguinte consideração: a lei manda aplicar para as escolas os edifícios públicos que houver; ora a falta de tais edifícios é geral, mesmo nesta cidade (a do Rio de Janeiro); resta, portanto, o recurso de tomá-los de aluguel porém dificilmente se encontram com as proporções necessárias. O remédio pois será construí-los consignando para esse fim as somas necessárias.