A instrução e o Império - 1º vol.

VIII

PROJETOS DE UNIVERSIDADES

No capítulo sobre a instrução pública na Assembleia Constituinte e legislativa de 1823, vimos que, às vesperas da promulgação da lei criando duas universidades, foi ela dissolvida pelo Imperador. Todo o longo debate em torno de tal aspiração ficou sem efeito durante três anos.

Aberta a primeira legislatura ordinária, nove dias depois, na sessão de 12 de maio de 1823 o deputado Lucio Soares Teixeira de Gouvês (Minas), que fora membro da Constituinte, ofereceu à Câmara uma indicação, "propondo que a comissão de instrução apresente com preferência o projeto de lei sobre a criação de universidades, sancionado pela Assembleia Constituinte, fazendo as observações que lhe parecerem convenientes." A comissão não atendeu à sugestão do deputado mineiro.

No ano seguinte (1827) o deputado padre Antonio Feijó (São Paulo) diz ter apresentado um projeto no mesmo sentido. Não consta dos anais. Dele se conhece apenas a seguinte queixa do seu autor em um debate sobre o ensino: " ... mas tive a desgraça de que a comissão não concordasse comigo e julgasse muito complicada e inadmissível."