A instrução e o Império - 1º vol.

de igual, se não maior animação, carecem os alunos, para não esmorecerem com os obstáculos, que em todos os ramos dos conhecimentos humanos cansam a paciência, diminuem o gosto, e desanimam os principiantes."

1836. "A Academia de Belas-Artes desta Corte vai sendo proveitosa à nossa mocidade, em quem não falta talento para tudo quanto se propõem aprender. Ela conta em número de seus discípulos muitos premiados neste ano, que em escultura, pintura e desenho estimularam sem dúvidas a competência em seus condiscípulos para os igualarem ou excederem. Está atualmente mui bem acomodada por se lhe haverem restituído as salas que se haviam tirado para tipografias; e pouco mais tem a desejar para se achar habilitada a promover grandes gênios em qualquer dos ramos de sua instrução. O Regulamento que lhe foi dado pelo governo talvez careça de alguma correção para depois vos ser presente, ao aprovardes ou emendardes. Assim informava o Ministro do Império José Ignacio Borges em 1836, à Assembleia Geral Legislativa.

No ano seguinte o ministro Limpo de Abreu recomendava "à lembrança da Assembleia a providência de separar-se o lugar de substituto da cadeira de desenho do lugar de substituto da cadeira de pintura histórica, os quais pelos estatutos andam reunidos em uma só pessoa. As razões que persuadem a indicada separação já vos foram presentes e por isso me abstenho de as referir aqui. A criação de uma cadeira de gravura de medalhas pode também ser digna de vossa atenção".

O relatório do ministro Bernardo de Vasconcellos é um dos mais minuciosos no período regencial, em coisas de instrução. Assim se exprimia em 1838: "Passando a falar da Academia de Belas-Artes de cujo