sendo mui dispendiosas as obras que tratam de tais conhecimentos, e com particularidade as de história natural; não tendo o Museu uma biblioteca própria; não possuindo as observações que todos os dias se aumentam e servem de base aos sistemas mais razoáveis, que se vão estabelecendo; sendo finalmente impossível que uma só pessoa abranja em toda a sua extensão o campo imenso da ciência; essa ordem, digo não se pode achar completamente desempenhada; todavia as divisões primárias, e a maior parte das genéricas, estão feitas; e aos olhos de pessoas entendedoras tem o Museu passado por suficientemente arranjado. Este tão útil quanto bem começado estabelecimento reclama da sabedoria e patriotismo do poder legislativo algumas providências, entre as quais merece em primeiro lugar a já submetida pelo governo à aprovação da Assembleia Legislativa, para estabelecer ali um Colégio de ciências físicas. A criação de uma biblioteca própria daquele estabelecimento e a que se reúnam os fatos e observações que vão todos os dias esclarecendo os pontos duvidosos das ciências respectivas ou espaçando os seus limites, e são consignadas nos "Anais" mais acreditados, é a segunda daquelas providências. Poder-se-ia dar princípio a esta biblioteca com as obras que existem na Biblioteca Pública, as quais, colocadas no Museu em vista dos objetos, a que se referem, sendo pela maior parte descritivas, não só dobrariam de valor, como também aumentariam o dos produtos daquele estabelecimento, e mesmo poderiam convidar a uma mais profícua reflexão a curiosidade, que hoje apenas vagueia sobre as formas externas mais agradáveis daqueles objetos. É evidente que os arranjos para estes novos estabelecimentos demandam despesas; porém algumas delas são indispensáveis mesmo no estado atual do edifício,