A instrução e o Império - 3º vol.

Ainda há o grande problema a resolver para se tirar do instituto anatômico todo o proveito possível, é o da conservação dos cadaveres" (Do relatório do Visconde de Saboia, diretor da Faculdade do Rio de Janeiro).

"É incontestável (diz o doutor José Olimpio de Azevedo, professor da Faculdade de Medicina da Bahia, na sua Memoria de 1883) o desenvolvimento do ensino médico no Brasil depois da publicação do decreto de 19 de abril de 1879. O ensino livre proclamado pela reforma, afagado por todos os espíritos adiantados, é inegavelmente o supremo ideal da instrução ideal, da instrução superior... Executassem integralmente a reforma de 1879, não reduzissem ao limitadíssimo número de artigos mandados executar, que ela daria uma larga messe de frutos no tocante ao ensino médico. Não viesse depois deturpá-la esta babel de regulamentos, avisos e instruções, contendo disposições incongruentes até o pouco de absurdo, chocando-se, destruindo-se reciprocamente, plantando a confusão e a anarquia no ensino, tornando-o um verdadeiro labirinto... O impulso está dado, a semente está preparada, falta o amanho e a regularização do plantio..."

1884. Novos estatutos. "Cada uma das faculdades de medicina do Império se designará pelo nome da cidade em que tiver assento; será regida por um diretor e pela congregação dos lentes, e se comporá de um curso de ciências médicas e cirúrgicas, e de três cursos anexos: o de farmácia, o de obstetrícia e ginecologia e o de odontologia.

O curso de ciências médicas e cirúrgicas constará das seguintes matérias: física médica; química mineral e mineralogia médicas; botânica e zoologia medicas;