ENSINO NORMAL
Em 1848, pela primeira vez, um ministro do Império, o Visconde de Macahé, em relatório, lamentando a situação dos mestres de escolas de primeiras letras, sugere, como remédio, a incapacidade deles: "cumpre que se repare nos meios de dar ao ensino mestres de uma instrução acabada e perfeita, em que se reúna a necessária moralidade, a soma de conhecimentos de que se compõe hoje a instrução primária nos países mais adiantados... O que se conseguiria organizando escolas como as normais da Europa, onde os moços de capacidade pudessem preparar um tirocínio para a grande vida do magistério..."
1855. "Um sistema qualquer de instrução primária ficará incompleto sem uma instituição que tenha por fim preparar e formar professores habilitados para as escolas públicas. Sem dúvida quando um Estado faz sacrifícios para melhoramento do ensino, quando oferece suficientes vantagens e garantias de subsistência, consideração e futuro, aos que se quizerem dedicar à honrosa carreira do magistério, pode ter homens instruídos e habilitados que aceitem ao chamado da sociedade que lhes deseja confiar o destino da mocidade; mas não basta para ter bons professores; é necessário ter dado uma direção especial aos estudos, e possuir-se certa espécie de conhecimento