A instrução e o Império - 3º vol.

a frequentar a escola de primeiras letras, ginástica, e serviços domésticos, quando completassem os 14, seria o sistema inverso, frequentariam mais tempo o trabalho e voltariam à escola a recordar atrasados uma vez por semana, pois que o operário rural não tem tempo de estudar, o que não acontece com o discípulo agrícola que tendo muitas doutrinas a aprender, falta-lhe tempo para praticar. Aos 16 anos cumpre afastar dentre os companheiros menores e dar-lhes mais alguma liberdade, para que aos 18 possam eles passar para a classe que se deve criar, de operários rurais, onde permanecerão até os 21 anos de idade. A saída aos 18 para contratarem os seus serviços em qualquer fazenda não me parece prudente, porque pode prejudicar ao educando e ao crédito do Asilo, visto a sua falta de experiência. Os educandos aos 18 anos de idade que houverem revelado vocação para a vida do campo, devem passar para a classe dos operários rurais, sendo eles verdadeiros trabalhadores, terão morada dentro do estabelecimento, separada da dos educandos, assim como rancho a parte, e salário no 1º ano de 15$ mensais, no 2º e no 3º de 30$ e daí por diante poderá ser aumentado até 50$; terão mais, comida e enfermaria, e como prêmio de bom comportamento, receberão todos os semestres uma muda de roupa para o trabalho. Adotado este sistema, além das vantagens de moralidade, ganha-se ter o Asilo agrícola, como trabalhadores filhos seus. O que se dá com o Asilo dá-se também com o Jardim Botânico, pois quando sobrarem aqui os braços acharão lugar ali. A esta classe poderão ser admitidos externos que virão aprender praticamente os trabalhos agrícolas, sem que por isso tenha o Asilo maior despeza, ao contrário fruirá o lucro do seu trabalho 16 educandos. A instrução elementar se não é perfeita é