manhã, no mercado da cidade. O mesmo estabelecimento contém também alguns belos despojos fósseis provenientes do vale de São Francisco ou da província do Ceará, mas ainda não tentaram classificá-los.

Muitas sociedades sábias merecem uma menção. Em primeiro lugar o Instituto histórico e geográfico, cujas memórias regularmente publicadas, formam já uma série volumosa cheia de documentos preciosos, especialmente relativos à história da América do Sul. As sessões tem lugar no Palácio imperial do Rio de Janeiro e são habitualmente presididas pelo Imperador. A Academia imperial de medicina é uma sociedade laboriosa composta de homens distintos e de um verdadeiro saber; há talvez discussão excessiva. Uma outra sociedade, Auxiliadora da agricultura e indústria nacionais prestou e presta ainda grandes serviços ao seu país; constitui uma espécie de comisão consultiva do governo. (Voyage au Bresil.pag. 465 Agassis).

COLÉGIO PEDRO II — "... Pomos hoje ao Colégio Pedro II para despedirmos do nosso excelente amigo Dr. Pacheco e cuja bondade devemos a maior parte de nossos prazeres durante a nossa estadia no Rio. O Colégio era outr'ora um seminário, uma espécie do estabelecimento de caridade onde se educavam crianças pobres para fazer delas padres. A regra era severa; não havia recados, os alunos eram obrigados a fazer eles mesmos a cosinha, e os outros serviços, mesmo ir à rua solicitar a esmola a maneira dos monjes mendicantes. Uma só condição era imposta a sua admissão: que fossem de raça pura; os mulatos, nem os negros eram recebidos. Ignora porque motivo a instituição foi abolida pelo governo e o seminário tornara um colégio. O edifício conserva ainda um pouco a sua fisionomia monástica, ainda que muito modificada, e o claustro em torno, no interior,lembra a sua origem. Era a hora das lições quando fomos fazer a nossa visita, e como ainda não tínhamos visto no Brasil estabelecimento deste gênero, o Dr. Pacheco nos fez percorrê-lo. O que se chama aqui um colégio, não é como entre nós (Estados Unidos) uma universidade; é antes uma casa de instrução secundária frequentada por moços de 12 a 18 anos.É difícil julgar os métodos de ensino apli.cados em uma língua estrangeira com a qual se é pouco familiar; os alunos se mostram inteligentes, atentos, suas respostas eram prontas, e a disciplina parecia evidentemente boa. Uma coisa, todavia, chama a atenção do estrangeiro, quando pela primeira vez, toda esta mocidade reunida:é a ausência do tipo puro e a má aparência destes adolescentes; não sei se é uma consequência do clima, mas um menino vigoroso o de uma forte saúde se encontra raramente no Rio de Janeiro. Os alunos eram de todas raças, aí encontrava-se o negro e todas os nuances intermediárias até o branco: e mesmo o regente de uma das altas classes de língua latina era de puro sangue africano. É uma prova de que o preconceito da cor não existe. Este professor fizera, em recente concurso para a cadeira que ocupava, o melhor exame e fora escolhido por unanimidade,