mas com a sistemática eliminação de quantos queriam restabelecer o antigo predomínio castelhano sobre os criollos.
É dizer que, como cabeça do novo Estado, Buenos Aires mandava e desmandava sobre províncias subordinadas ao primado da capital comercial da República.
Não era unânime o aplauso a tais regras de governo. Precursor no propugnar a solução republicana, afinal vencedora através tantas tentativas de monarquia hispano-americana, Artigas o fora também na fórmula federativa. O Chefe dos Orientais nunca vacilara nesse rumo, e tão alto, tão premente seu esforço, tão sincera sua convicção e evidente a superioridade do sistema para as zonas diversas de que se compunham as Províncias-Unidas, que, mesmo após a traição de Ramirez e de Lopez, vingou seu credo político na Convenção de Pilar, de 1820.
A campaña, por seu lado, tinha pouca simpatia pelo governo exclusivo da capital. Não era ouvida; descuravam seus interesses; contribuía com gente e recursos para os encargos públicos, e quase nada recebia em troca. Murmurava, e seu protesto tinha por porta-voz a personalidade crescente de dia para dia, de D. Juan Manuel de Rozas.
A Constituição unitária de 1826 provara um fracasso. Rivadavia, por fraqueza e comodismo, renunciara à presidência em 1827. Após a interinidade do Dr. Vicente Lopez, Dorrego fora eleito, e era este um triunfo para os federais, pois o novo presidente tinha chefiado a oposição ao governo unitarista de D. Bernardino.
Ia surgir, portanto, a segunda fórmula para manter unido o antigo vice-reino: o federalismo. A missão era difícil, e exigia, a bem dizer, se improvisassem homens de Estado obedecendo a essa convicção. Existiam, é certo e já citamos alguns, mas sua falta de prática do poder era maior ainda do que a dos unitários. Tudo teriam de tirar de suas leituras, quando as possuíssem e tivessem assimilado, ou de sua intuição política. Tanto mais árdua