A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Para o conseguir, nem só se negava tudo, e até se provocavam deserções e revoltas na tropa que conquistava o deserto, sob a chefia daquele; como, parentes e amigos de Martinez mantinham estreita correspondência e inteligências com os emigrados argentinos unitários da outra banda do rio.

Nada conseguiu Balcarce. O partido federal, após numerosas exortações, abandonou-o. A 2 de outubro de 1833, estalou uma revolta realmente popular, à qual, desde o dia seguinte, foram aderindo elementos militares, e que o general Agustín de Pinedo organizou e comandou. Sitiou a cidade e exerceu pressão tal, que Balcarce se viu forçado a abandonar o governo, pelo voto da Sala de Representantes que, a 3 de novembro, o destituiu e, ato contínuo, elegeu o general Juan José Viamonte para lhe suceder; a 4, tomava este posse do cargo. Durara menos de onze meses a passagem de Balcarce pelo poder.

Rozas fora alheio ao movimento, embora reconhecesse a justiça e a procedência das queixas populares. Mas, em realidade, eram as picuinhas feitas a ele e a seus amigos, a continuidade do esforço por destruí-lo, que haviam provocado a revolta. Dela, saía mais forte, apesar de não a ter aconselhado nem auxiliado, pelo menos de modo a deixar traços.

Com Viamonte, voltaram ao ministério dous velhos colaboradores de Rozas: D. Manuel José Garcia e D. Tomás Guido. Logo revelou a administração pública o influxo benéfico desses dous homens de Estado.

Não cessaram as manobras oposicionistas. As lutas locais só terminaram com o estabelecimento de um governo estável, e este só a monarquia o proporcionaria, pensavam alguns espíritos dos mais altos entre os políticos platinos. Era a antiga diretriz, desde 1810 seguida pelos revolucionários, ainda fortemente sustentada pelos diretórios de Buenos Aires, e que, novamente, em D. Bernardino Rivadavia, chefe espiritual dos unitários, encontrava agora