de vencer; convinha poupar a Lavalleja, portanto, aliado natural dos federais, quando triunfasse seu adversário D. Frutos, protetor dos unitários.
Quando Balcarce sucedeu a Rozas no governo de Buenos Aires, não teve a princípio, ou não quis ter, liberdade de movimentos, declarando confidencialmente que nada poderia fazer sem a aprovação de seu antecessor. Mas revelou a maior vontade de hostilizar Montevidéu. Substituído pelo general Viamonte, em nota do ministro de Estrangeiros, o general Tomás Guido, referindo-se a manejos restauradores da monarquia do Prata, dizia Buenos Aires ao Uruguai: \"Tal es el uso que impropriamente hacían los conspiradores del Estado oriental, de la semi soberania que tiene su Província bajo la inspección y garantia de Buenos-Ayres y el Brasil\". E, quando interpelado pela chancelaria uruguaia, a cargo de D. Lucas José Obes, sobre o sentido de tais palavras, respondeu: \"que no ocurría motivo para alterar el sentido en que colocaba a la República oriental el Tratado preliminar de paz\". Era clara a ameaça, e mais pelo fato de estar então Rivera, um adversário, na presidência.
Íam, entretanto, modificar-se tais aspectos. Balcarce, apesar de eleito por D. Juan Manuel, e de protestar que se inspiraria no seu exemplo, estava mudando de norte político. Parecia-lhe que o maior mal para as Províncias-Unidas, e especialmente para Buenos Aires, seria a permanência do prestígio daquele caudilho ou uma reeleição dele. Na constituição de seu ministério, além disso, havia posto à frente da Guerra e da Marinha um veterano das lutas da Independência, o general Enrique Martinez, cheio de serviços e de glória, era certo, mas profundamente suspeito à opinião nacional, como estrangeiro que era, nascido na Banda oriental, e pelo nepotismo insensato e sem limites de que dava provas.
Todo o esforço polarizou-se por esse alvo: destruir Rozas politicamente.