sua tropa, pois o governo, nela apoiado, saberia a todo transe manter a paz.
No dia seguinte, Pinto Peixoto obteve a necessária licença para se ausentar, em desempenho dessa incumbência. No mesmo dia, chegava à Câmara o ofício da regência pedindo demissão. "Os membros da regência permanente abaixo assinados", dizia o documento, "nas circunstâncias em que o estado se acha, depois da demissão de um ministério da sua mais alta confiança, e da recusação constante que tem encontrado em todos aqueles cidadãos, de quem melhor esperavam para substituí-lo, acreditando não poderem mais ser úteis à pátria no cargo eminente à que o voto da assembleia geral da nação os elevou, vão perante a augusta câmara dos Senhores deputados dar, como lhes cumpre, a sua demissão, a fim de que os representantes do Brasil ocorram com uma nova eleição, ao que exige o bem e ordem pública".
Definia o movimento o deputado baiano Paula Araujo. Estava chegada a crise que há muito tempo se preparava, e com que se ameaçava. Desenganassem-se os inimigos do Brasil, entretanto o sistema monárquico-constitucional havia de ser mantido, enquanto houvesse um coração brasileiro. O déspota que por tanto tempo tinha manchado o trono não havia mais de presidir aos destinos da pátria. O trono do Snr. D. Pedro II, tendo por base os corações e o amor de todos os brasileiros, não seria usurpado, nem retrogradaria a marcha da liberdade e da Constituição. Tal o resumo de seu discurso.
Requereu ainda se transformasse em permanente a sessão.
Nessa tarde chegou à mesa a comunicação de que o Senado se declarara também em sessão permanente. Logo em seguida, os juízes de paz oficiaram suplicando, ante a demissão da regência e do ministério, "que tomeis quanto antes as mais enérgicas providências para o bem do país, cuja liberdade existe ameaçada pela feroz facção restauradora e pelos furores da implacável anarquia".