A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

a situação até que, em fins de julho, no ambiente de mútuas desconfianças em que todos se achavam, tomou corpo a suspeita de que o Senado era o reduto caramuru, tanto que derrotava medidas de ordem pedidas pelo ministério, e recusava as reformas liberais da Carta, impostas pelas condições do país.

Acharam os constitucionais que tinham de recorrer a processos de energia para impor as soluções exigidas pela opinião pública conservadora, contra os óbices cercados pelas facções.

Apontava-se o Senado como o principal elemento restaurador.

Na luta de Feijó contra os absolutistas, uma das feições fora a tutoria de D. Pedro II dada a José Bonifácio. Obtivera da Câmara a destituição do tutor, mas o Senado, por um voto, rejeitara o projeto, com grande descontentamento do então Ministro da Justiça e interino do império. Jurou tirar desforço desse ato, no qual via conspiração restauradora.

Por sua iniciativa, então, gabinete e regência resolveram provocar uma solução de força, eliminando a colaboração da Câmara vitalícia, de acordo com a conivência da dos Deputados. Tudo se resolveu em reuniões havidas na casa do deputado por Minas, o padre Custodio Dias, na histórica Chácara da Floresta, que, a pretexto de melhoramento local, o alvião iconoclasta dos derrubadores do Morro do Castelo, o berço da cidade, fez desaparecer.

Começou a desenrolar-se o plano, segundo o que ficara deliberado nesses conciliábulos.

A 29 de julho, o ministro Diogo Antonio Feijó oficiava ao brigadeiro José Maria Pinto Peixoto, comandante da guarda nacional, participando que seus comandados se agitavam, reunindo-se em vários pontos da cidade; a inquietação ia crescendo. A bem da ordem, convinha que o brigadeiro reassumisse o comando, de que estava afastado como membro da Câmara, e fosse tranquilizar