do porto de Montevidéu e de suas autoridades legais. As presas haviam sido feitas, conduzidas aos portos e vendidas, de acordo com Oribe, a princípio, e quando este mudara de parecer, forçando a procurar os portos dominados por seus adversários, nada havia objetado; durou quinze dias esse mútuo entendimento, depois de liquidado o incidente em setembro. O caso de Martin Garcia fora motivado pelo fato de Brown querer fortificá-la para servir de base à esquadrilha argentina de combate contra a francesa; planejado o ataque, Rivera, à última hora, tinha-se apresentado para a levar a cabo de parceria com os europeus, como realmente levou, para tirar ao feito qualquer aparência de conquista. Quanto à reclamação contra o bombardeio de uma pequena embarcação da esquadra francesa, procedia de ter sido executado sem que se houvesse violado uma só das ordens dadas pelo governo.
De fato, o que existia à base de tudo isso, era a luta de Rozas contra a tríplice aliança de Rivera, dos immigrantes unitários, e da esquadra de Luiz Philippe contra a Confederação. Nobre trecho da vida do ditador, em que lhe coube a honra de defender a independência continental, os brios argentinos e a causa da civilização contra a ousada política belicosa da França.
Muito difícil era a situação do governador de Buenos Aires. Cercado, é indubitável, da confiança quase unânime da província, tendo recebido de todas as demais, menos de Corrientes, o encargo de as representar perante o estrangeiro, desde 1835, data que marca o nome novo de Confederação Argentina, iam começando a agir fatores de desintegração, já sem falar nas lutas com o Uruguai.
Em 1837, foi a guerra com a Bolívia. O general André Santa Cruz, seu presidente, tinha, sem motivo, recusado receber em 1833 a delegação argentina enviada para negociar a devolução da província de Tarija, e um acordo comercial. Um mês depois, entretanto, em 1834, recebera um delegado uruguaio, D. Francisco Joaquim Mufios, incumbido de iniciar com a Bolívia o célebre convênio de