A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

oposto; e crê que eles trabalham em seu próprio interesse, nos de seu partido, antes do que nos da nação e da liberdade de todos os brasileiros; e estas mútuas suspeitas, que tem sido a prática constante da casa, são as que hoje nos podem arrastar a meios extremos... O parecer da comissão pretende que esta câmara se declare assembleia nacional. Eu vejo que é o receio dos partidos extremos, que têm pretendido atacar a ordem de cousas creada pelo 7 de abril, e o voto a favor das reformas, que é quase geral, que move a comissão a apresentar esta medida; mas ela não pensou bem; nós não temos necessidade de ferir a legalidade e os princípios; podemos fazer as leis justas que forem necessárias para conter os partidos, e na constituição observada temos meios seguros e legais para darmos à nação o que ela pretende. Já no Senado passaram em 3ª discussão algumas emendas ao projeto de reformas, que foi desta casa, esperemos que elas nos sejam remetidas; e se não parecerem suficientes, e for indispensável que passe a faculdade de reformar mais alguns artigos da constituição, peçamos a reunião das câmaras na forma da constituição, mas não a violemos, pois é nossa única tábua de salvação\".

Propunha se oficiasse à regência convidando-a a permanecer no posto a que fora elevada legalmente, assegurando-lhe o apoio da Câmara. Convidava o Senado a declarar-se em sessão permanente e a auxiliar ao ramo temporário do Legislativo, em tomar com a maior brevidade as providências precisas. Lembrava ainda que a comissão, já nomeada, emendasse o código criminal e demais leis, para se manterem a liberdade e a ordem. Pedia se solicitasse. também, do Senado, a pronta remessa de suas emendas.

Foi ouvida a grande voz. Conforme o plano preestabelecido, tinha sido pedido o adiamento da discussão para ser dada uma solução imediata e violenta ao caso. Mas a palavra de Honório já tinha abalado a opinião, e o adiamento foi negado.