competentes, sabedor de história diplomática, era um auxiliar de primeira ordem, quando guiado por chefes de valor. Ao mesmo tempo, fruto talvez de uma carreira de funcionário sem liberdade de movimentos, e sempre comprimido entre diretrizes alheias, faltava-lhe espírito de iniciativa, e bastante fraca era sua penetração. Visão política, nenhuma.
Esse, o homem a quem estava confiada a defesa dos interesses brasileiros em Paris.
Fiado na resposta oficial de de Broglie, deixou passar sem protesto e sem se preocupar com eles os mais audaciosos feitos e as mais extraordinárias afirmações, violadoras de nosso direito. Não se moveu, nem agiu, até que Limpo de Abreu viesse lhe sacudir o torpor.
Subindo novo ministério a 22 de fevereiro de 1836, sob a presidência de Thiers, nesse mesmo dia um parecer do deputado d\'Harcourt sobre um crédito extraordinário demonstrava o caráter permanente da ocupação da margem direita do Oiapoque. Falando da divergência sobre a fronteira, e do direito francês de chegar quase ao Amazonas, contestado pelo Brasil, acrescentava: \"dans cet état de choses, le Gouvernement croit devoir porter quelques troupes á la frontière qui nous sépare du Brésil, pour en constater la possession, et repousser au besoin les aggressions qui pourraient venir de ce côté\".
A 9 de março, o ministro do comércio, Passy, confirmou expressamente que o tal posto provisório era definitivo, e que se colocaria, não no Oiapoque, sim no Araguari. Ora os tais estabelecimentos pertencentes a franceses, aos quais aludira de Broglie, não existiam senão em projeto, e ainda em território litigioso, como se provou em 1844, nos depoimentos impressos de Nouvion e de La Mondaie. Além disso, a 2 de novembro de 1835, três meses antes da afirmação oficial de que o posto militar se localizaria no Oiapoque, o mesmo de Broglie endereçava ao almirante Duperré uma carta, com verdadeiras instruções gerais, que a Revue Coloniale publicou; nela vinham as