A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

resolveram os dous governos trancar as vias de comunicação e limitar o trânsito à estrada real de Casalvasco.

Assim se restabeleceram as relações de boa harmonia entre o Brasil e Bolívia.

Sentia-se a necessidade de fixar a linha divisória do Império, mas a tarefa era dificílima. A norte, já vimos o conflito com a Guiana francesa. Nos lados do ocidente e do sul, a recente divergência com a Bolívia, e o perene dissídio com o Uruguai, indicavam igual procedimento como o mais propício para restabelecer a ordem na fronteira.

Como fazê-lo, entretanto, se estavam convulsionados Rio Grande e Banda oriental, Corrientes, Entre Rios, e Buenos Aires? Além disso, não existiam estudos completos sobre as regiões lindeiras, sendo insuficientes os das antigas comissões demarcadoras dos tratados hispano-portugueses.

Da antiga Cisplatina, e ainda para chegar ao tratado definitivo anunciado pelo preliminar de 1828, vinham pedidos para traçar a raia, ao mesmo tempo que se divulgavam as pretensões estranhas do governo de Oribe, de voltar às convenções de Santo Ildefonso.

O governo do Rio, contudo, nomeou uma comissão especial incumbida de estudar essa matéria. Compunham-na os senadores visconde de São Leopoldo e José Saturnino da Costa Pereira, que logo começaram a trabalhar e a colher o material de estudo preciso.

Ainda não viera de Buenos Aires o plenipotenciário incumbido de acertar com o governo imperial e o encarregado de negócios oriental os termos do tratado definitivo. Por isto, dizia Maciel Monteiro, em seu relatório de 1838, ao tratar dos limites do Brasil, não fora ainda possível iniciar essa negociação.

O que observava para o sul, era o mesmo caso do linde ocidental, menos movimentado, entretanto, por mais deserta a região.