A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

em Santarém. Barros Leal fora mandado ao Pirara para averiguar os fatos. Schomburgk ausente, Youd foi encontrado, e deu as notícias da carta citada de 6 de novembro. "Missão exclusivamente religiosa", dizia o reverendo, apesar das vistas que expende sobre as fronteiras locais.

Natural a inquietação causada nas autoridades paraenses, a começar pelo presidente, o general Soares de Andréa, pela perspectiva do conflito que se avizinhava, em período tão crítico de intranquilidade, ainda convulsionada a província pela revolta dos cabanos, e com as complicações da invasão francesa a sul do Oiapoque.

Mas os informes eram precisos, e a cadeia ininterrompida. De 6 de novembro, a carta de Youd a Barros Leal. De 13, o ofício do comandante Pedro Ayres ao tenente-coronel Joaquim José Luiz de Sousa, comandante da expedição do Amazonas, em Santarém. De 14 de novembro de 1838, o ofício deste ao presidente da província. De 22 do mesmo mês, a ordem de Andréa para intimar Youd a desocupar o Pirara.

Esta ordem, aliás, já não encontrou o catequista, pois espontaneamente havia voltado à missão que queria fundar em Curuá, ou Uruá, à margem direita do Rupununi. Em Pirara ficou um pequeno destacamento, mas a título permanente, em vez das visitas periódicas que ali mandava fazer o comandante de São Joaquim.

De Curuá, continuava Youd sua catequese, e chamava a si os mesmos índios Macuxis. Atritos eram fatais, entre o missionário que se queixaria ao governador da Guiana, Henry Light, dos embaraços criados pelo comandante brasileiro Barros Leal, e este, que se dirigiria à mesma autoridade britânica, pedindo-lhe para coibir o zelo do primeiro no território do Império. Cumpre notar que as fronteiras deste eram inteiramente respeitadas pelo inglês.

Entre frei José dos Santos Innocentes, que missionava na zona a oeste do Rupununi, e o emissário da Church Missionary Society, as relações eram cordiais.