inglesa e sua prepotência. Francisco Carneiro de Campos, ministro de estrangeiros, respondia não poder esclarecer definitivamente os últimos passos dados sobre as reclamações contra presas feitas pelos ingleses, e julgadas pela comissão mista de Serra-Leoa. Tinha remetido à Câmara os ofícios que podia mandar, entre eles enérgica e bem deduzida nota de Mello Mattos, nosso ministro em Londres. Não haviam logrado os protestos encontrar justiça no gabinete de lord Palmerston.
Calmon trouxe mais clareza ao estudo do melindroso assunto. Não queria recriminar, a exemplo do que nos Comuns se ouvira sobre prejuízos de negociantes de Liverpool durante o bloqueio do Prata, pela esquadra imperial. Exporia fatos, tão somente. Nada menos de 19 navios brasileiros haviam sido apresados, nas paragens africanas a norte do Equador. Tão injustas as capturas, em alguns casos, que a comissão mista tinha logo relaxado os barcos, mesmo no período em que nenhum brasileiro se sentava nesse tribunal. Outros apresamentos haviam sido mantidos, contra direito e contra o prescrito na convenção e nos anexos de 28 de julho de 1817. Desde 1827, durava o protesto brasileiro. Sem êxito, entretanto, Lord Dudley, lord Aberdeen, lord Palmerston, surdos a todas as reclamações, recusavam sistematicamente. "Os ministros sucedem-se aí uns aos outros; e posto que mudem de princípios políticos, são infelizmente invariáveis quanto ao ponto de não reparar o dano sofrido pelos nossos concidadãos".
Relatou, então, o fundamento dos pedidos. Uns haviam sido tomados em caminho, ou muito antes da costa africana. Outros, não tinham escravos a bordo nem os utensílios precisos para os receber. Um terceiro grupo, era o dos apresados por navios mercantes, cujos comandantes não tinham graduação militar, contra o estipulado nas instruções de 1817.
Amargamente, lastimava o futuro Abrantes não possuir