A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

núcleo de uma reação mais forte, tanto mais que havia sido negado a entrega dos canhões, a pretexto de estarem inutilizados.

Desde então, redobraram as desconfianças; elementos exaltados, a 2 de abril, concitando o povo a destituir regência e ministério, apontavam como salvadores da situação a Antonio Carlos, João Pedro Maynard e Manoel de Carvalho Paes de Andrade; agora, era da residência oficial de José Bonifácio, e em condições tão pouco explicáveis, que partira a nova intentona.

Tornava-se dificílima a posição do tutor. Logo tratou a Câmara dos deputados de o destituir. O Senado, por um voto, derrotou o projeto, o que ainda mais aumentou a ira dos moderados da Câmara, e deu lugar à ensenação da renúncia de Feijó, da regência e do ministério, e ao golpe de Estado de 30 de julho.

Não parece possível isentar os três irmãos de conivência nessas tentativas. Drummond, andradista excessivo, e que só com grande cuidado se deve consultar, mal os defende. O próprio Antonio Carlos, ao responder ao Times de 4 de outubro de 1833, que o apontava como emissário restaurador junto ao duque de Bragança, para com este acertar os passos da campanha do partido no Brasil, na própria carta que o Jornal do Commercio publicou traduzida em 21 de dezembro, deixa perceber que nada se faria nesse sentido, por proibição direta do ex-imperador.

Compreende-se, desta forma, o rumo tomado por Feijó e pela Câmara, e sua repulsa só conseguiria firmar a opinião dominante de ser o Senado reduto das aspirações absolutistas. Isto, apesar das negativas formais da carta que D. Pedro, em princípio de 1833, a 9 de janeiro, dirigira ao filho, na qual desmentia peremptoriamente quaisquer conivências ou inteligências com os caramurus.

Nas mesmas agitações de outra natureza, encontrava o governo manejos da oposição regressista. Em Pernambuco,