Mereceria olvido o amparo inequivocamente dado aos grandes empreendimentos nacionais, de natureza econômica? Era sabido que o imperante se considerava o protetor nato de quantos se esforçavam pelo país, quer intelectual, quer materialmente.
Nesse ponto uma restrição deve ser feita: a inexata visão do problema militar do Brasil. Aí mesmo, a falha do estadista tem a resgatá-la e atenuá-la, o anseio do pilósofo, e o ideal de uma humanidade melhor, em que o pensamento e a justiça mais alta eliminassem as soluções de violência. Nesse ponto culminante das cogitações do governo das massas, o sonhador generoso vencera o chefe prático.
Na defesa das fronteiras nacionais, foi o Imperador intransigente, mais do que muitos dos homens públicos de seu tempo, tendo, entretanto, o maior cuidado em nunca ofender ou ameaçar a integridade territorial das nações lindeiras, cuja amizade e respeito bem sabia que eram essenciais à grandeza internacional do Brasil.
Muitas dessas considerações são antecipadas, no período em que chegamos de nosso estudo: a maioridade. Pedem-nas, todavia, as exigências lógicas da exposição dos resultados decorrentes da educação imperial. Mostram como, dócil e fecunda, a alma do discípulo assimilara e desenvolvera a lição de seus mestres. Não se poderiam omitir, sem alterar a silhueta moral que procuramos traçar de D. Pedro Segundo.
E ainda representam homenagem de gratidão patriótica a esse nobre grupo de preceptores, tão esquecidos, que, dentro em um quadro genuinamente brasileiro, formaram a mentalidade do primeiro soberano brasileiro, digno da grande terra que ia reger.
Claro, nem todos esses predicados apareceram simultaneamente. A princípio, ao proclamar-se a maioridade, o jovem de pouco mais de quatorze anos, que era chamado a governar, nem só não abandonou seus estudos, como