A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

inspirou exclusivamente neste, foi grande e dominador, em Lisboa; na maioridade, como solução da tendência reinante sob as regências. Mas logo o empolgava o horizonte partidário, o predomínio do corrilho, e daí os exageros e os erros de sua passagem pelo ministério do Império.

Mais temperamento de tribuno e de agitador, condutor de turbas, do que espírito calmo de homem de Estado.

Martim Francisco, ao contrário, possuía muitas boas qualidades de homem de governo, embora por completo lhe faltassem o poder de sedução e o ascendente simpático sobre seus colaboradores. O menos falado dos Andradas, talvez a melhor cabeça deles, sem a visão política alongada de José Bonifácio, entretanto, tinha o grande defeito de ser absoluto em demasia em suas opiniões e seus atos. Teorista cru, não admitia indulgências para com os homens e suas contingências. Como anta a romper o mato sem cuidar dos obstáculos, Martim Francisco desprezava personalidades, conveniências, para agir segundo lhe sugeria seu imperativo categórico em matéria política. Um caráter.

Limpo de Abreu, que já se tornara conhecido como ministro do Império, da Justiça e Estrangeiros nos primeiros anos da regência de Feijó, trazia uma nota de liberalismo, de consciência e de equilíbrio. Já se formava a auréola de prestígio que mais tarde, no Senado, manteria o visconde de Abaeté por treze anos na presidência da Câmara vitalícia.

Dos dous Calvacanti traça o perfil Joaquim Nabuco.

De Suassuna, Francisco Cavalcanti de Albuquerque, diz "homem de princípios modernos e de têmpera antiga", "somente à demagogia podia um homem desse quilate moral parecer dominado da ambição de fundar uma oligarquia, o último dos pensamentos que ele confessaria a si próprio". Um esquivo às posições de mando, desprendido e austero.

Do visconde de Albuquerque, Holanda Cavalcanti traça perfil mais burilado: "... é uma das figuras originais