A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

revolta pela clemência, mas em termos, oferecendo a paz, sempre com recursos próprios e adequados para a impor. Ora, ao invés disso, as confabulações, os entendimentos e as quase conivências entre Porto Alegre e o Rio com os representantes do Império no sul eram quase contínuas. A rota quase que era uniformemente o apelo ao sentimento nacional, às conveniências do Império, sem se cuidar de que estavam à base da revolta das forças, os interesses, políticos ou outros, que as moviam. O gravíssimo erro que fora a substituição do novo presidente Araujo Ribeiro que vinha substituir ao vice-presidente intruso, Marciano Ribeiro, ia produzindo seus corolários. Bento Manoel, profundamente melindrado com tal demissão, e mais pelo modo pelo qual fora feita, e agindo sempre à sua moda, por forma impulsiva, abandonou a coroa imperial na cilada do Passo de Itapuhy, prendeu o novo representante do governo Geral, o marechal Antero de Brito. Já aí, colaboravam com os farrapos elementos riveristas da antiga Cisplatina. Preso por traição o marechal Antero, o governo do Rio nomeou outro militar presidente da província rebelada, o marechal Chagas Santos, carregado de serviços, mas já extremamente idoso, que governou somente de 16 de maio de 1837 a 6 de junho, do mesmo ano. Incerto em seus rumos, deu- lhe sucessor imediato, nomeando uma homem de bem, rio-grandense conceituado, Feliciano Pires, que nada pôde fazer pela pacificação. Não foi feliz, apesar das esperanças que Feliciano despertava, e a 12 de agosto de 1837, foram as forças batidas na povoação do Triunfo. Nisto, Feijó demitiu-se de regente único do Império, o que dera azo e esperança aos rebeldes, pois eram manifestos seus entendimentos com o elemento liberal do governo central, ao qual Feijó pertencia. Bento Manoel desmascarou suas baterias, agindo de acordo com os rebeldes, chegando a ponto de licenciar suas forças como comandante das armas, obrigando o novo presidente, o marechal Antonio Elisiario de Miranda Brito, a se apoiar somente nos elementos locais.

Elisiario já fora nomeado pelo novo regente, Pedro