A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

de Araujo Lima. este em sua circular de 20 de setembro de 1837 usava, quanto à guerra do Sul, de palavras de energia, naturais quando se tem em mente que as críticas anteriormente feitas a Feijó o acusavam de procrastinar a luta, por suas incertezas e hesitações e chegar-se a falar, injustamente, aliás, em conivência com os rebeldes. Em 3 de novembro de 1837, Antonio Elisiario tomou posse dos cargos de presidente do Estado e de comandante das armas, em Porto Alegre. Malgrado a substituição de pessoas, o sistema de luta não variava. A 28 de fevereiro de 1838, dizia ele ao governo Imperial: "o nosso plano de campanha é acabar com a guerra, dispersando os rebeldes, sem derramar sangue em batalha campal". Sempre a mesma invocação a conveniências do Estado, a fé no poder da manobra, em vez de recurso franco e enérgico às armas.

Porto Alegre estava, pela segunda vez, assediado, ficando em Viamão o centro das atividades bélicas dos farrapos.

Elisiario pensou então em sair da capital da Província. Logo os rebeldes, em pequenas partidas, deixaram Viamão, passando o Cahy; o presidente julgou que eles abandonavam definitivamente seu antigo ponto de concentração; voltou para Porto Alegre, e dirigiu-se para Rio Grande. Os rebeldes, então, avançaram, com 2.500 homens contra este último ponto que contava apenas com 1.200 defensores que não puderam resistir. Esse desastre das forças do Império, nem só causou, no Rio, imensa e lamentável impressão, como deu impulso aos revoltados.

Nesse comenos, Bento Gonçalves e Onofre haviam conseguido evadir-se de suas prisões e tinham voltado à província, onde bem se avalia quanto sua presença exaltou os ânimos e alentou os espíritos para novos combates.

Bento Gonçalves assumiu a presidência da república proclamada em Piratinim, o governicho como o apellidavam seus adversários.