escolheu Andréa, com a missão de pacificar o Sul. Para tal, entretanto eram necessários recursos e forças que só a Assembleia Geral podia conceder. Ora o gênio do então Regente alheava de si todas as colaborações. Só podia efetivamente agir com proficuidade estando sozinho. E acrescia que o Parlamento, no seu ramo temporário, obedecia à direção de dous dos maiores homens de Estado que o Brasil tenha tido, Bernardo de Vasconcellos e Honorio Hermeto. Era dizer que tudo quanto Feijó pedia era recusado.
Quando seguiu para Porto Alegre, Andréa sabia que essa era a situação e que os rebeldes contavam com a proteção ou a simpatia oculta do elemento liberal do governo chefiado por Feijó. Assumindo seu cargo, em período de transição, a 27 de julho de 1840, ainda acrescentava, às demais, uma dificuldade capital; assumiam a direção dos negócios públicos e da política do governo partidários da corrente liberal, contra a qual Araujo Lima havia lucrado vitoriosamente até a Maioridade. Contra as diretivas ostensivas existiam instruções reservadas. "Vença", dizia o governo Central; "Negocie e apele para a persuasão", aconselhava Antonio Carlos. Situação ambígua realmente insustentável, que era dos liberais, e não do Imperador e motivou a queda do primeiro ministério da Maioridade.
Tudo isso, contudo, verificou-se com o correr do tempo.
Soares de Andréa contava com forças frescas vindas pela Serra sob a chefia do veterano da Independência, o general Pedro Labatut. Fora posto de lado Manoel Jorge.
Em agosto de 1840, dias após a Maioridade, enquanto Andréa em sua correspondência considerava como uma embaçadela as ideias de anistia e a da submissão dos rebeldes e escrevia "a única maneira de conciliar os partidos é mostrar-lhes forças com que não possam lucrar", o governo maiorista recomendava a moderação e o convencimento dos revoltados. Ora ninguém acreditava nesse meio.